Inicialmente, a Internet das Coisas (IoT, na sigla inglesa) dependia essencialmente de sensores reais (físicos), mas nos dias de hoje usa dados de outros tipos de sensores, nomeadamente virtuais e sociais, o que torna a gestão extremamente complexa. Para ultrapassar este problema, uma equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveu uma plataforma que permite a gestão unificada de ambientes heterogéneos que suportam a IoT.
Mais do que Internet das Coisas, atualmente temos «“Internet of Everything”, ou seja, internet de tudo, pois é internet das coisas, mas é também internet de pessoas e internet de software. Há uma série de sensores de fontes diversas, heterogéneas, que recolhem gigantescos volumes de informação que permitem medir, entre outras variáveis, temperatura, humidade e poluição atmosférica, mas também movimentos humanos, ambientes industriais, especialmente na indústria 4.0, etc.; por exemplo, os nossos telemóveis são dispositivos repletos de sensores que, sem nos apercebermos, medem tudo e mais alguma coisa», explica Fernando Boavida, coautor do estudo, publicado na revista científica IEEE Internet of Things.